quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Escritos de uma menina #2

Olá!
Essa produção textual, diferentemente da anterior, foi feita para uma proposta escolar.
A professora nos deu uma página de revista e pediu para que recortássemos uma imagem. A minha imagem era um vilarejo de casinhas simples, e a partir dessa imagem, produzi uma crônica.
O resultado vocês conferem logo abaixo:

Os morangos de Dona Maria

Quando criança, morava em um pequeno vilarejo, ainda na área rural da cidade.
A vizinhança era muito unida, e praticamente dependíamos uns dos outros para viver.
Ao meu lado, morava o Seu José, que criava bovinos. Tinha também a Dona Maria, que cultivava dos mais variados tipos de frutas e hortaliças. Minha mãe era costureira, e costurava roupas para toda a vizinhança em troca de alimentos para a nossa família.
Minha mãe era muito amiga de Dona Maria, já eu, não tinha nada contra, mas também não a poupava de minhas travessuras.
Eu era amiga dos filhos de Seu José. Diferentemente das outras meninas do vilarejo, não brincava de bonecas, saía fazendo travessuras pela vizinhança.
Certo dia, como de costume, após o almoço, fui na casa de Seu José. Ele disse que os meninos tinham ido passar uns dias na casa da avó.
A princípio fiquei triste, mas depois pensei: quer saber, vou eu, sozinha, aprontar, e hoje será com Dona Maria.
Corri para o pomar, e me deliciei com os mais doces morangos de minha vida.
Hoje, quando me lembro desse dia, penso no conto da Clarice Lispector, “Cem anos de perdão”, porém, na minha versão, quem rouba os morangos de Dona Maria, tem cem anos de perdão.


domingo, 6 de abril de 2014

Voltei!- Escritos de uma menina #1

Fazia bastante tempo que eu não postava. Meu dia a dia está corrido, e talvez eu demore um pouco para realmente voltar a postar aqui regularmente, mas podem ter certeza que quando puder, continuarei com essa coluna. Aqui postarei algumas de minhas produções textuais, algumas feitas para propostas escolares, e outras não, como esse texto de hoje. Eu estava bem inspirada em uma aula, e, como já havia feito toda a lição, comecei a escrever.
O que eu narro no texto realmente aconteceu comigo, e embora seja uma história bem simples e para algumas pessoas até de valor insignificante, talvez reflita um pouco do dia a dia de algumas pessoas, onde há muita correria e as pessoas acabam não tendo tempo para as coisas mais simples que a natureza nos proporciona, como por exemplo observar uma joaninha andar, destacada pelas suas belas cores. 

A Joaninha

Sentou-se no jardim a menina. Enfim um descanso para o seu corpo, mas não para a sua mente. Ela começava a organizar as tarefas do dia seguinte, e em meio a tanta correria, a menina mal percebeu a joaninha no pequeno arbusto ao seu lado. Quando finalmente olhou para o lado e viu aquele delicado pontinho vermelho, destacado no verde das folhas, seus pensamentos se desaceleraram bruscamente.
Agora a menina só conseguia olhar para o minúsculo ser caminhando com dificuldade entre a densa folhagem. De repente, o pequeno ser, em um rápido e inesperado movimento, prendeu-se em um galho seco. Não importava o quando suas curtas perninhas se mexessem, ela não sairia do lugar.
A menina em gesto apressado, colocou uma folha na expectativa de tirá-la de lá, porém tudo piorou. A pequena joaninha caiu na terra, e, desesperada, começou a correr.
Corria para lá, voltava para cá, contínuas vezes. A menina precisava ajudá-la, afinal, ela mesma causara aquela imensurável catástrofe na vida do inocente ser, porém não sabia como. Inesperadamente, teve a ideia de pegar uma folha para que a joaninha subisse, e então, ela a devolveria com segurança no arbusto.
Ela imediatamente arrancou uma folha, fazendo todo o arbusto tremular e derrubar as gotas de água que restavam da chuva de verão, e quando ela colocou, apressada, a folha na frente daquele pequeno ser, adivinhe, ele empacou. Não havia nada que a menina pudesse fazer para que a joaninha subisse na folha. Ela tentou empurrar com um galho, tentou colocar a folha debaixo da pequenina, tentou de tudo, mas nada fazia a joaninha subir. Eu só quero ajudá-la -pensava a menina, e então, com um pouco de receio, vendo que era a única solução, pegou delicadamente a joaninha e a colocou, finalmente, no arbusto. Lentamente o pontinho vermelho começou a se mover.            A menina sentiu-se vitoriosa, porém, o medo foi tomando conta dela. Será que ela havia machucado a joaninha? Pensou que sim, pensou que não. Ficou em dúvida. Logo os pensamentos da menina a guiaram para a correria novamente, e ela esqueceu a joaninha, que, feliz, sumiu entre as folhas.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Entrevista no blog "De tudo um pouco"

Oi gente :)
Essa postagem, como já devem ter percebido, essa postagem não é dedicada a um livro, mas é interessante da mesma forma.
Estou aqui para dizer que minha entrevista saiu no blog De tudo um pouco e você pode ir diretamente para a postagem clicando aqui
O blog é uma ótima sugestão, acompanhá-lo vale mesmo a pena. Este blog como o nome diz, é pra falar de tudo um pouco, de musica, de dança, de arte, problemas sociais, política, poesia, culinária, falar de gente famosa e gente anônima, e é isso que o torna especial, tem postagens para todos os gostos. Fica aí a minha dica ;)

domingo, 8 de setembro de 2013

O final é o melhor! (Livro Enigma na Televisão)


“Enigma na Televisão” é um livro que surpreende pelo seu final. A solução do mistério encontrada pela polícia não me satisfez, mas a real solução do crime foi perfeita. O escritor acrescentou no final da história um toque de humor, o que com certeza surpreende o leitor.
Esse livro foi escrito por Marcos Rey e publicado pela editora Ática contém em suas 128 páginas muita diversão.
Marcos Rey é um escritor de livros infanto-juvenis e adultos. Infelizmente, Marcos morreu aos seus 74 anos, mas deixou vários livros, além de adaptações para televisão e cinema. Rey também ganhou prêmios em sua carreira, como por exemplo, o prêmio Jabuti, em 1968, na categoria Contos / Crônica / Novelas, por  “O enterro da cafetina”.
Este livro conta a história de uma série de assassinatos ocorridos na principal emissora do país, a Mundial. Óbvio que as pessoas não sabiam quem era o assassino de tantos artistas, todos queriam descobrir. O assunto virou manchete nos jornais da emissora, todos suspeitavam das sentinelas (senhoras que “lutavam” contra a exibição do que elas consideravam obscenidades).  O curioso é que antes de todos os crimes que aconteceram depois da primeira morte, um bilhete era recebido, e nesses bilhetes, estava escrito, em letra de fôrma vermelha e em uma única linha: Aguardem a próxima atração!Ninguém conseguia provas para o mistério, até que, depois de vários acontecimentos estranhos, após uma das mortes um bilhete diferente é recebido. Um dos atores, o menos famoso, já morto, dizia:“Quando vocês lerem essa carta, já estarei morto. Não dá para aguentar mais. Matei Fábio, Nina e Pedro (Atores que foram mortos até esse momento da história), por que a fama deles me incomodava. Sempre achei que merecia tanto quanto eles. O repórter, tive de matá-lo porque me procurou dizendo que já sabia que eu era o criminoso e que ia me denunciar à polícia. Parece que me viu saindo do teatro, onde matei Pedro. Quanto às facas, comprei-as dum vendedor de bugigangas”.Nem todos se convenceram, e alguns até resolveram contratar detetives particulares, que por acaso descobrem a inimaginável solução do mistério!Esse livro é bem legal, mas só lendo mesmo para saber o quanto compensa.
Imagem: http://listasliterarias.blogspot.com.br/2011/05/10-das-melhores-capas-da-colecao-vaga.html  

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Ação, aventura, diversão e leitura (Livro Kelly Martoer e o Jardim de Raios)

Este livro com certeza está na lista de meus favoritos. A linguagem simples (talvez intencionalmente) de uma menina de 12 anos acompanhada por sua inacreditável criatividade torna não só esse livro, mas toda a sua coleção incrível.  
Escrito por Natália Azevedo de Carvalho, a coleção de livros da Kelly Martoer é a mais famosa da escritora, porém ela já escreveu outros livros, como por exemplo “E quando eu crescer?”.
Kelly Martoer e o jardim de raios, apesar de pequeno (56 páginas) apresenta uma história muito legal, e, como já dito anteriormente, criativa também.
Publicado pela editora FTD, o livro tem início contando a curiosa história da família Martoer (composta somente por mulheres, já que, somente estas recebiam o sobrenome).
Haviam vários boatos envolvendo a família Martoer, as pessoas desconfiavam de que a família era composta de feiticeiras, e achavam isso pois a família era muito diferente em relação aos costumes tradicionais da maioria das pessoas. Kelly não acreditava que sua família era composta de feiticeiras, jamais vira suas parentes fazendo algum feitiço.
No decorrer da história, Kelly descobre que, ao contrário do que imaginava, sua família era realmente uma família de feiticeiras, já que esta seria a única explicação para os livros de feitiçaria no porão de sua avó. Kelly então começa a ler os livros porém, para o azar de Kelly, sua mãe descobre que Kelly havia pegado os livros do porão de sua avó. A única alternativa que restou para a mãe da menina então foi admitir que a família era mesmo composta de feiticeiros.  
Kelly então vive muitas aventuras e batalhas míticas até o fim da história.
A leitura desse livro é prazerosa e divertida, já que o tempo todo está acontecendo algo. O livro tem bastante ação, porém, seu título é um pouco sem sentido, já que “O jardim de Raios” é apenas um dos feitiços da história, mas não o principal, e, embora a sua capa seja mais voltada para o público infantil “Kelly Martoer e o Jardim de Raios” é sim um livro para ler e reler (a parte do escrever eu já fiz para vocês J).
Imagem: http://sebodomessias.com.br/sebo/detalheproduto.aspx?idItem=169139

Questionamentos

Estado nação?
Chama-se Estado-nação um território delimitado composto por um governo e uma população de composição étnico-cultural coesa, quase homogênea, sendo esse governo produto dessa mesma composição. Isto ocorre quando as delimitações étnicas e políticas coincidem. Nestes casos, normalmente, há pouca emigração e imigração, poucos membros de minorias étnicas, e poucos membros da etnia dominante a viver além fronteiras.
Mas nem sempre é tão assim, em que Portugal é um exemplo e por sinal é o Estado-nação mais antigo da Europa e mesmo assim a sua diáspora, após os Descobrimentos, é reconhecida em todo Mundo. Mas o que a faz reconhecer como tal é que ela em si, que apesar de rodeada por outras terras e povos, a nação Portuguesa, ocupa o mesmo território há quase 900 anos e todos os vários povos que aí estavam se fundiram num único. Desde a sua fundação, em 1143, Portugal manteve-se como um mesmo povo, a viver numa mesma terra. Etnicamente, os Portugueses estão relacionados com os Castrenses, os Lusitanos, os Túrdulos, os Celtiberos, os Romanos, os Hebreus, e povos Germânicos como os Suevos e os Visigodos, entre outros. Foi ainda dominado pelos Mouros quase cerca de 500 anos.
A Islândia é outro exemplo de Estado-nação. Embora os seus habitantes estejam etnicamente ligados a outros grupos escandinavos, essa cultura e linguagem são apenas encontrados na Islândia. Não há minorias transfronteiriças - o país é uma ilha.
O Japão também é visto como um bom exemplo de um Estado-nação, embora inclua minorias Ryukyuan no sul, Coreanos, Chineses e Filipinos, e nas ilhas norte de Hokkaido, a minoria indígena Aino.
Tanto a Islândia como o Japão são ilhas. Portugal possui fronteiras terrestres com Espanha.

Por que é importante definir territórios?

A palavra território refere-se a uma área delimitada sob a posse de um animal, de uma pessoa (ou grupo de pessoas), de uma organização ou de uma instituição.
É muito importante definir um território, pois assim você saberá o que é de sua propriedade e os outros saberão também. É uma maneira prática e justa de definir propriedades, é simples: tudo que está no seu território está sobre sua custódia.

Por que é importante estabelecer identidades nacionais?

Identidade nacional é o conceito que sintetiza um conjunto de sentimentos, os quais fazem um indivíduo sentir-se parte integrante de uma sociedade ou nação. 
É realmente muito importante estabelecer identidades nacionais,da mesma forma que é importante você ter as suas próprias características, tanto físicas quanto psicológicas, pois é assim que as pessoas te identificam e  decidem se gostam (ou não) de você.

Por que é importante estabelecer governos próprios?

O Governo é a organização, que é a autoridade governante de uma unidade política, o poder de regrar uma sociedade política e o aparato pelo qual o corpo governante funciona e exerce autoridade.
É importante estabelecer governos próprios, da mesma forma que é importante você mesmo comandar o seu corpo e suas decisões e não deixar influenciar-se pelos outros, que nem sempre querem o seu bem (é o que as vezes acontece na política).

O que é um Estado Laico?

Também conhecido como Estado Secular, o Estado Laico é aquele que não possui uma religião oficial, mantendo-se neutro e imparcial no que se refere aos temas religiosos. Geralmente, o Estado laico favorece, através de leis e ações, a boa convivência entre os credos e religiões, combatendo o preconceito e a discriminação religiosa. Desta forma, no Estado laico, a princípio, todas as crenças são respeitadas. Não há perseguição religiosa.
Em alguns países laicos, o governo cria normas para dificultar manifestações religiosas em público.
O Brasil é um país com Estado laico, pois em nossa Constituição há um artigo que garante liberdade de culto religioso. Há também, em nosso país, a separação entre Estado e Igreja.

A guerra de 1948:

A guerra árabe-israelense de 1948, geralmente conhecida pelos israelenses como Guerra da Independência ou Guerra da Liberação e considerada pelos palestinos como parte de al-Nakba, isto é, 'A Catástrofe', começou em 15 de maio de 1948, logo após a declaração de independência de Israel, e terminou após os vários acordos de cessar-fogo entre israelenses e árabes, firmados entre fevereiro e julho de 1949.
A guerra foi um desdobramento da Guerra Civil na Palestina Mandatária (1947-1948). A guerra foi declarada pelos estados árabes, que haviam rejeitado o Plano da ONU de Partição da Palestina (Resolução 181 das Nações Unidas), segundo o qual a Palestina, ainda sob mandato britânico, seria dividida em um estado árabe e um estado judeu.
Os confrontos tiveram início, no dia seguinte, em 15 de maio de 1948, exércitos árabes combinados atacaram Israel por três frentes diferentes. O objetivo declarado deles era a aniquilação total de Israel, o que, presumivelmente, incluiria a matança de todos os judeus que resistissem, e a expulsão (ou algo pior) dos que sobrassem. Os exércitos árabes — do Egito, Síria, Iraque, Jordânia, Líbano e Arábia Saudita, estavam então convergindo para uma minúscula faixa de território que agora era Israel. Logo após a declaração de independência de Israel, que precipitou o fim do Mandato Britânico na Palestina, quando já estava em curso uma guerra civil na Palestina, iniciada em 1947.
O cenário principal da guerra foi o antigo território do Mandato, mas também incluiu, durante um curto período, a península do Sinai e o sul do Líbano. O conflito terminou com os acordos do armistício israelo-árabe de 1949 e vários acordos bilaterais de cessar-fogo, firmados entre fevereiro e julho de 1949.
A maior parte dos eventos a que os palestinos árabes se referem como A Catástrofe teve lugar em meio a essa guerra.

A guerra de 1956:


A Guerra de Suez envolveu Israel, França e Inglaterra na disputa com o Egito pelo domínio de seu canal, o Canal de Suez. O motivo da guerra foi o desejo das nações capitalistas controlarem um ponto estratégico no Mar Vermelho, que permite ligar Europa à Ásia sem precisar contornar a África.

O Canal de Suez foi construído entre 1859 e 1869 e caracterizou-se por ser o mais longo do mundo. Com seus 163 Km de extensão, o Canal de Suez liga o porto egípcio de Port-Said, localizado no Mar Mediterrâneo, ao porto de Suez, no Mar Vermelho. O Canal de Suez tornou-se então um importante caminho comercial que permite ligar a Europa à Ásia sem precisar fazer o contorno pelo continente africano. O domínio dessa região é um grande favorecimento econômico para os empenhados no comércio marítimo.
O Egito, com o advento do imperialismo, tornou-se uma nação subjugada pelos ingleses ainda no século XIX. Somente no século XX, em 1922, o Egito deu sinais de libertação estabelecendo um regime monárquico. Esta forma de governo permaneceu até depois da Segunda Guerra Mundial. Acabada esta, o Canal de Suez tornou-se localidade mais cobiçada ainda pelas potências européias e os Estados Unidos por causa da importância crescentemente valorizada do petróleo na economia mundial, produto o qual era encontrado em grande quantidade no Oriente Médio.
Mesmo com a independência do Egito e formação de um governo monárquico, o país continuava sofrendo a intervenção de outras nações. Um grupo de militares, liderados pelo coronel Gamal Abdel Nasser, inconformados com a antiga situação, organizaram um levante que derrubou o governante egípcio, o rei Faruk, no ano de 1952. Tão logo esse grupo de militares chegou ao poder, medidas começaram a ser implementadas para reformar o Egito. Dentre essas estavam a estatização das empresas estrangeiras, a limitação da presença de outros países na economia do Egito e um audacioso projeto de reforma agrária, com o apoio dos soviéticos.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, pairava no mundo a Guerra Fria, que rivalizava os países do bloco capitalista e os países do bloco comunista. O apoio dado pelos soviéticos ao Egito e seu projeto de reformas incomodou a França, a Inglaterra e Israel, países do bloco capitalista com interesses diretos na região. Para ampliar a tensão, os egípcios determinaram o fechamento do porto de Eliat e a nacionalização do Canal de Suez. A situação preocupou os países capitalista, os quais ficaram receosos de que os soviéticos estivessem conquistando um importante aliado no Oriente Médio.
Com a conquista da península de Sinai, os israelenses conseguiram reabrir o porto de Eliat. A guerra durou duas semanas e os egípcios saíram derrotados. Os Estados Unidos, contudo, preocupados com reações radicais dos soviéticos, intervieram no conflito. De fato, aUnião Soviética se expressou sobre o conflito ameaçando a França e a Inglaterra de um ataque nuclear. Por ser uma das vencedoras da Segunda Guerra Mundial, a União Soviética tinha uma posição fortalecida no mundo.Com a medida egípcia, Israel ficou sem a possibilidade de irrigação do deserto de Negev e perdeu seu contato com o Mar Vermelho.França e Inglaterra, com seus interesses imperialistas, perdiam o espaço de influência na economia do Egito e um importante mercado consumidor. Os israelenses prepararam a retaliação, no dia 29 de outubro de 1956 os judeus promoveram uma invasão militar na península de Sinai, ao mesmo tempo em que grupos de paraquedistas franceses e ingleses tomaram Port-Said. A guerra estava declarada.
As Nações Unidas também interferiram no confronto. Para evitar um ataque nuclear e a ascensão de uma nova guerra de proporções mundiais, exigiu que os países que tinham invadido o Egito se retirassem do território. Sob a pressão de guerra nuclear dos soviéticos, os israelenses se retiraram do Egito, juntamente com os ingleses e franceses. Assim, a União Soviética conquistou o Egito como zona de influência ideológica no mundo árabe, terminando a guerra, mas permanecendo a tensão pelos interesses econômicos, árabes e judeus na região.
O Canal de Suez voltou a ser liberado para transitação apenas no dia 10 de abril de 1957.

A guerra dos seis dias:

A Guerra dos Seis Dias, assim ficou conhecida a guerra que confrontou Israel e os seguintes países árabes: Egito,Jordânia e Síria, com o apoio do Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Sudão e Argélia. A guerra pelo controle do Canal de Suez tinha deixado uma situação onde outra guerra poderia acontecer a qualquer momento. Israel, que tinha ocupado a península do Sinai (Egito), concordou em retirar suas tropas desde que o Egito deixasse de apoiar as ações da guerrilha que partiam daquela região. Em lugar das tropas de Israel a ONU ficou administrando a península do Sinai.
No entanto o governo egípcio, apoiado pela URSS, continuou ajudando as diferentes facções guerrilheiras que atacavam o estado hebreu. Em maio daquele ano, tanto árabes como israelenses já estavam mobilizando suas tropas. O Egito bloqueou o golfo de Aqaba, rota vital para a navegação de Israel, ato considerado pelo governo israelense como uma agressão.
As hostilidades começaram no dia 5 de junho com um massivo ataque preventivo por parte de Israel que destruiu a capacidade aérea dos países árabes, em três horas a aviação de Israel destruiu a maior parte do arsenal aéreo do Egito, 319 aviões que nem chegaram a decolar. Isto aconteceu depois do estado israelense ter verificado com seus radares a movimentação de tanques e aviões movendo-se em direção à fronteira entre ambos os países. As perdas israelenses somaram apenas 19 aviões.
Assim, as tropas israelenses avançaram por terra rapidamente, ocuparam a Faixa de Gaza e chegaram ao Sinai. Os israelenses avançaram em direção à Síria, ou seja, romperam as defesas árabes tanto pelo sul como pelo norte e, na Faixa de Gaza, as tropas de Israel fizeram cessar o esforço militar que unia egípcios e palestinos. No mesmo dia a Jordânia entra na guerra. Os aviões jordanianos começaram a bombardear as cidades israelenses, especialmente Jerusalém. A reação hebraica foi imediata e contundente: começaram a tomar posições jordanianas perto de Belém e ao sul de Ramallah e bombardearam Amman e Mafraq.
Quando, no dia 10 de junho, os combates cessaram, Israel controlava a totalidade da península do Sinai, a Faixa de Gaza, Cisjordânia (com a totalidade da cidade de Jerusalém) e as estratégicas colinas de Golã, na Síria. Desta forma, Israel tinha conquistado um território quatro vezes maior que o seu em 1.949, e albergava em suas novas fronteiras uma população árabe de 1,5 milhões.

A guerra do Yom Kippur:

Após a Guerra de Seis Dias, o governo israelense tomou providências no sentido de proteger as terras conquistadas e, principalmente, o controle obtido sob o Canal de Suez. Por isso, construíram uma linha de fortificações ligadas por estradas que ficou conhecida como a Linha Bar-Lev. Por outro lado, as nações árabes derrotadas nesse primeiro conflito ainda se sentiam desrespeitadas com tal situação e logo organizaram uma resposta contra Israel.
No dia 6 de outubro de 1973, grande parte da nação judaica se encontrava ocupada com os preparativos do “Yom Kippur”, um importante feriado também conhecido como o “dia do perdão”. Talvez por ironia ou razões estratégicas, Egito e Síria iniciaram um pesado ataque militar abrindo fogo contra as postos israelenses que protegiam a região de Suez. Em questão de minutos, os exércitos israelenses receberam uma verdadeira saraivada de granadas.
Dando continuidade a esse ataque fulminante, os árabes utilizaram de potentes mangueiras e pontes de assalto que facilitavam a travessia das águas do Suez. Nesse primeiro instante, a ação sírio-egípcia deu bons resultados ao permitir a travessia do canal com um número ínfimo de baixas entre os oficiais. Enquanto isso, os sírios organizavam o outro braço da investida adentrando o território judeu através das Colinas de Golã.
A reação de Israel foi contundente e conseguiu abafar os dois lados da invasão promovida por egípcios e sírios. Apesar da derrota, os árabes tomaram a guerra do Yom Kippur como um importante evento em que demonstraram o seu repúdio à presença judaica no Oriente Médio. Os vários militares israelenses mortos e pegos de surpresa acabaram simbolizando a resistência dos árabes e inflamou os vários grupos terroristas que se organizavam naquela época. 
Uma das mais pesadas consequências da Guerra do Yom Kippur foi a deflagração da Crise do Petróleo. Tal crise se instalou logo que os países árabes integrantes da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) se negaram a vender petróleo aos países que apoiavam o governo israelense. No curto prazo, esta sanção econômica motivou várias nações a descobrirem fontes de energia que reduzissem a dependência em relação aos derivados do petróleo.

A primavera Árabe e os conflitos atuais:



A Primavera Árabe não se trata de um evento, de algo breve ou de uma estação do ano, trata-se de um período de transformações históricas nos rumos da política mundial. Entende-se por Primavera Árabe a onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte do continente africano em que a população foi às ruas para tirar ditadores do poder, autocratas que assumiram o controle de seus países durante várias e várias décadas.
Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali. Em seguida, a onda de protestos se arrastou para outros países. No total, entre países que passaram e que ainda estão passando por suas revoluções, somam-se à Tunísia: Líbia, Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Síria, Jordânia e Omã. Veja abaixo as principais informações a respeito de cada uma dessas revoluções.
Tunísia: Os protestos na Tunísia, os primeiros da Primavera Árabe, foram também denominados por Revolução de Jasmin. Essa revolta ocorreu em virtude do descontentamento da população com o regime ditatorial, iniciou-se no final de 2010 e encerrou-se em 14 de Janeiro de 2011 com a queda de Ben Ali, após 24 anos no poder.
O estopim que marcou o início dessa revolução foi o episódio envolvendo o jovem Mohamed Bouazizi, que vivia com sua família através da venda de frutas e que teve os seus produtos confiscados pela polícia por se recusar a pagar propina. Extremamente revoltado com essa situação, Bouazizi ateou fogo em seu próprio corpo, marcando um evento que abalou a população de todo o país e que fomentou a concretização da revolta popular.
Líbia: a revolta na Líbia é conhecida como Guerra Civil Líbia ou Revolução Líbia e ocorreu sob a influência das revoltas na Tunísia, tendo como objetivo acabar com a ditadura de Muammar Kadhafi. Em razão da repressão do regime ditatorial, essa foi uma das revoluções mais sangrentas da Primavera Árabe. Outro marco desse episódio foi a intervenção das forças militares da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), comandadas, principalmente, pela frente da União Europeia.
O ditador líbio foi morto após intensos combates com os rebeldes no dia 20 de Outubro de 2011.
Egito: A Revolução do Egito foi também denominada por Dias de Fúria, Revolução de Lótus e Revolução do Nilo. Ela foi marcada pela luta da população contra a longa ditadura de Hosni Mubarak. Os protestos se iniciaram em 25 de Janeiro de 2011 e se encerraram em 11 de Fevereiro do mesmo ano. Após a onda de protestos, Mubarak anunciou que não iria se candidatar novamente a novas eleições e dissolveu todas as frentes de estruturação do poder. Em Junho de 2011, após a realização das eleições, Mohammed Morsi foi eleito presidente egípcio.
Argélia: A onda de protestos na Argélia ainda está em curso e objetiva derrubar o atual presidente Abdelaziz Bouteflika, há 12 anos no poder. Em virtude do aumento das manifestações de insatisfação diante de seu mandato, Bouteflika organizou a realização de novas eleições no país, mas acabou vencendo em uma eleição marcada pelo elevado número de abstenções. Ainda existem protestos e, inclusive, atentados terroristas que demonstram a insatisfação dos argelinos frente ao governo.
Síria: Os protestos na Síria também estão em curso e já são classificados como Guerra Civil pela comunidade internacional. A luta é pela deposição do ditador Bashar al-Assad, cuja família encontra-se no poder há 46 anos. Há a estimativa de quase 20 mil mortos desde que o governo ditatorial decidiu reprimir os rebeldes com violência.
Há certa pressão por parte da ONU e da comunidade internacional em promover a deposição da ditadura e dar um fim à guerra civil, entretanto, as tentativas de intervenção no conflito vêm sendo frustradas pela Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e muitos interesses na manutenção do poder de Assad. Existem indícios de que o governo sírio esteja utilizando armas químicas e biológicas para combater a revolução no país.
Bahrein: Os protestos no Bahrein objetivam a derrubada do rei Hamad bin Isa al-Khalifa, no poder há oito anos. Os protestos também se iniciaram em 2011 sob a influência direta dos efeitos da Revolução de Jasmim. O governo responde com violência aos rebeldes, que já tentaram atacar, inclusive, o Grande Prêmio de Fórmula 1. Registros indicam centenas de mortos durante combates com a polícia.
Marrocos: A Primavera Árabe também ocorreu no Marrocos. Porém, com o diferencial de que nesse país não há a exigência, ao menos por enquanto, do fim do poder do Rei Mohammed VI, mas sim da diminuição de seus poderes e atribuições. O rei marroquino, mediante os protestos, chegou a atender partes das exigências, diminuindo parte de seu poderio e, inclusive, nomeando eleições para Primeiro-Ministro. Entretanto, os seus poderes continuam amplos e a insatisfação no país ainda é grande.
Iêmen: Os protestos e conflitos no Iêmen estiveram em torno da busca pelo fim da ditadura de Ali Abdullah Saleh, que durou 33 anos. O fim da ditatura foi anunciado em Novembro de 2011, em processo marcado para ocorrer de forma transitória e pacífica, através de eleições diretas. Apesar do anúncio de uma transição pacífica, houve conflitos e repressão por parte do governo. Foram registrados também alguns acordos realizados pelos rebeldes com a organização terrorista Al-Qaeda durante alguns momentos da revolução iemenita.
Jordânia: A Jordânia foi um dos últimos países, até o momento, a sofrer as influências da Primavera Árabe. Revoltas e protestos vêm ocorrendo desde a segunda metade de 2012, com o objetivo de derrubar o governo do Rei Abdullah II, que, com receio da intensificação da Primavera Árabe em seu país, anunciou no início de 2013 a realização de novas eleições. Entretanto, o partido mais popular do país, a Irmandade Muçulmana, decidiu pelo boicote desse processo eleitoral diante das frequentes denúncias e casos comprovados de fraudes e compras de votos.
Omã: Assim como no Marrocos, em Omã não há a exigência do fim do regime monárquico do sultão Qaboos bin Said que impera sobre o país, mas sim a luta por melhores condições de vida, reforma política e aumento de salários. Em virtude do temor do alastramento da Primavera Árabe, o sultão definiu a realização das primeiras eleições municipais em 2012.
O sultão vem controlando a situação de revolta da população do país através de benesses e favores à população. Apesar disso, vários protestos e greves gerais já foram registradas desde 2011.

Infográficos sobre os conflitos Israel x Palestina:

Especial da revista Veja:

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado-na%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Identidade_nacional
http://pt.wikipedia.org/wiki/Governo
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/estado_laico.htm
http://www.infoescola.com/historia/guerra-de-suez/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_%C3%A1rabe-israelense_de_1948
http://www.infoescola.com/historia/guerra-dos-seis-dias/
http://guerras.brasilescola.com/seculo-xx/guerra-yom-kippur.htm
http://www.brasilescola.com/geografia/primavera-Arabe.htm
http://www.valor.com.br/sites/default/files/gn/12/02/arte14opin-201-col_op3-a11.jpg
http://www.brasilescola.com/geografia/estado-nacao-governo.htm
http://alobrandalise.blogspot.com.br/2012/03/questao-do-estado-laico.html
http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=111
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/guerra-dos-seis-dias.html
http://veja.abril.com.br/especiais/35_anos/p_036.html
http://topicos.estadao.com.br/primavera-arabe

Conflitos no oriente médio

O Oriente Médio é uma região que envolve países do oeste da Ásia e do nordeste da África. Grande parte destes países são banhados pelo Mar Vermelho, Mar Mediterrâneo, Golfo Pérsico, Mar Negro e Mar Cáspio.

Clima:
O clima do Oriente Médio é árido e semiárido, o que proporciona o predomínio de uma paisagem vegetal marcada pela presença de espécies xerófilas (nas áreas de clima árido), ou de estepes e pradarias (nas áreas de clima semiárido). Apenas pequenas faixas de terra, na porção litorânea, apresentam climas um pouco mais úmidos, onde há presença de formações vegetais arbustivas.

Atividades Econômicas:
O petróleo é o principal produto responsável pela economia dos países do Oriente Médio. Nessa região está localizada a maior concentração mundial dessa fonte energética (aproximadamente 65% de todo o petróleo mundial). Essa grande quantidade de petróleo, aliada a fatores econômicos e políticos, criou as condições para a formação, em 1960, de um dos mais importantes cartéis do mundo atual, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Outra atividade econômica importante no Oriente Médio é a agropecuária. Por ser realizada dominantemente de forma tradicional, com uso de pouca tecnologia e mecanização, essa atividade incorpora cerca de 40% da população economicamente ativa. O predomínio de climas áridos e semiáridos na região é bastante prejudicial para o desenvolvimento dessa atividade econômica.
A atividade industrial no Oriente Médio apresenta pouca expressividade. Nos países petrolíferos, há a existência de refinarias e petroquímicas. Outras indústrias se relacionam aos setores mais tradicionais, como o têxtil e o alimentício.
O turismo é outra atividade que vem apresentando importância para alguns países do Oriente Médio, a exemplo de Israel e Turquia (que recebem cerca de 2,5 milhões de turistas por ano).

Religiões:
No Oriente Médio, aproximadamente 238 milhões de pessoas (cerca de 92% da população) são muçulmanas. A maioria pertence às seitas sunita e xiita (sugeridas logo após a morte do profeta Maomé, em 632 d.C.). Há grupos menores de mulçumanos, como os drusos e os alauitas.

A região abriga ainda cerca de 13 milhões de cristãos, muitos de igrejas árabes, como a copta ou a maronita, que estão entre as mais antigas do cristianismo. Além disso, também vivem no Oriente Médio cerca de 6 milhões de judeus, quase todos em Israel. A migração desses deu-se em ondas, originárias primeiro da Europa e, depois, de todo o mundo. Por isso, no Estado judeu encontram-se inúmeros grupos étnicos cujas culturas, tradições, orientações políticas e práticas religiosas variam muito e são livremente expressas.

Informações importantes sobre o Oriente Médio:
- Os seguintes países fazem parte do Oriente Médio: Arábia Saudita, Bahrein, Chipre, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Israel, Irã, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Palestina, Omã, Qatar, Síria e Turquia.
- A maior parte da população desta região é formada por árabes.
- A exploração de petróleo é a principal atividade econômica da região, com destaque para Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Iraque, Irã e Bahrein.
- A região vem enfrentando nas últimas décadas vários conflitos, sendo que o principal deles envolve disputas territoriais, entre árabes e israelenses, na região da Palestina. Na década de 1990, podemos destacar também o conflito militar conhecido por Guerra do Golfo.
- A língua árabe é a mais falada no Oriente Médio.
- No aspecto geográfico, podemos destacar a presença de dois grandes desertos: o deserto da Arábia (na Península Arábica) e o deserto do Saara (no Egito).
- Quatros rios se destacam no Oriente Médio: rio Nilo (Egito), Tigre (Iraque, Síria, Turquia), Eufrates (Iraque e Síria) e o rio Jordão (Israel e Jordânia).
- Do ponto de vista histórico, o Oriente Médio é considerado o berço das grandes civilizações do passado. Podemos citar como exemplos as civilizações antigas da Mesopotâmia e do Egito. Na Península Arábica também se desenvolveu, a partir do século VIII, o Império Árabe.
- Do ponto de vista religioso, o Oriente Médio também é de extrema importância, pois foi o berço do surgimento do judaísmo, cristianismo e islamismo.

Os conflitos:
Os conflitos que hoje assolam o Oriente Médio têm diferentes motivos. O principal deles diz respeito ao território: israelenses e palestinos lutam para assegurar terras sobre as quais, segundo eles, têm direito milenar. Outra questão diz respeito à cultura e à imposição de valores ocidentais às milenares tradições orientais. Pode-se ainda mencionar o fator econômico - talvez o preponderante: potências capitalistas desejam estabelecer um ponto estratégico na mais rica região petrolífera do planeta. E ainda existe a questão política.
As tensões perduram há séculos. Expulsos da Palestina pelos romanos já no século 1 da Era Cristã, os judeus acalentaram durante séculos o sonho de retornar à "Terra Prometida", enfrentando todo tipo de discriminação e perseguição. Todavia, o território, durante sua ausência, foi ocupado por outros povos que, igualmente, sentem-se no direito de nele permanecer de modo autônomo.
Durante o domínio britânico sobre a região, os ingleses permitiram a compra de terras na Palestina por ricos judeus de todo mundo que começaram a reocupar a região. Essa maciça migração de judeus para a Terra Santa chamou-se Sionismo, em referência à Colina de Sion, em Jerusalém.
Os ingleses após a Primeira Guerra Mundial, comprometeram-se a ajudar os judeus a construir um Estado livre e independente em território palestino, buscando, assim, enfraquecer os árabes e conquistar vantagens econômicas na região. Entre os anos 1930 e 1940, intensificou-se consideravelmente a imigração judaica para a Palestina.
O descontrolado ingresso de judeus na Palestina acarretou sérios problemas já às vésperas da Segunda Grande Guerra: as áreas de assentamento judeu e palestino não foram delimitadas e grupos de características étnicas e religiosas tão diferentes tiveram que compartilhar o mesmo território, de onde resultam graves hostilidades entre ambos.
Com o holocausto promovido pelos nazistas durante a Segunda Guerra, a opinião pública, sensibilizada com os sofrimentos dos judeus, concordou com a criação de um Estado judeu na Palestina. A recém-criada Organização das Nações Unidas estabeleceu que a solução para os problemas do Oriente Médio seria sua prioridade, com a anuência dos Estados Unidos e da Inglaterra, interessados em estabelecer um aliado na região, já que não confiavam nos Estados árabes que a cercavam. Os palestinos, por sua vez, também almejavam a criação de um Estado independente em território palestino e, para isso, contavam com o apoio dos países árabes.
Em 1947, a ONU estabeleceu a divisão do território palestino entre judeus, que ocupariam 57% das terras com seus 700 mil habitantes, e palestinos, cuja população de cerca de 1,3 milhão de habitantes ocuparia os restantes 43% do território.
Com a retirada das tropas britânicas que ocupavam a região, começou, em 1948, uma guerra entre Israel e a Liga Árabe, criada em 1945 e que reunia Estados Árabes que procuravam defender a independência e a integridade de seus membros. A guerra foi liderada pela Jordânia e pelo Egito. Israel venceu o conflito e ocupou áreas reservadas aos palestinos, ampliando para 75% o domínio sobre as terras da região. O Egito assumiu o controle sobre a Faixa de Gaza e a Jordânia criou a Cisjordânia.

Em 1956, o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser declarou guerra a Inglaterra, França e Israel com o objetivo de assumir definitivamente o controle sobre o canal de Suez, em mãos europeias desde sua construção. Para isso contou com o apoio da União Soviética, país que, no contexto da Guerra Fria, apoiava todas as iniciativas de libertação nacional a fim de conquistar aliados para o bloco socialista. Durante o conflito, Israel ocupou a Península do Sinai, mas, devolveu-a logo em seguida, devido à pressão norte-americana.
Para defender a luta palestina no sentido da criação de um Estado autônomo, foi criada a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), em 1964, tendo como líder Iasser Arafat. Nas fileiras da OLP, surgiu o Al Fatah, braço armado da organização que prega a luta armada e o terrorismo para destruir Israel. A OLP só recentemente foi reconhecida por Israel como representante dos interesses palestinos na questão territorial. Até então, quando havia negociações de paz, seus membros ingressavam em delegações de países árabes como Egito e Jordânia.

Em 1967, novo conflito eclodiu entre árabes e israelenses. Após a retirada das tropas da ONU que guardavam a fronteira entre Egito e Israel, soldados israelenses avançaram sobre a Península do Sinai, a Faixa de Gaza e as colinas de Golã. As sucessivas ocupações de Israel sobre áreas de população palestina obrigaram-na a refugiar-se em países vizinhos - sobretudo ao sul do Líbano - onde passaram a viver em condições subumanas, acarretando problemas para esses países. Além disso, a partir do sul do Líbano, a OLP, passou a bombardear alvos israelenses na Galileia, levando o Exército de Israel a realizar violentas operações de represália contra o território libanês a partir de 1972.
A OLP adotou o terrorismo como estratégia de luta contra Israel que, por sua vez, com amplo apoio das potências ocidentais, desenvolvia respeitável aparato bélico.
Como resposta às invasões israelenses de 1967, no feriado judeu do Yom Kippur (Dia do Perdão) de 1968, Egito e Síria desfecharam ataque simultâneo a Israel que revidou prontamente, vencendo as forças agressoras. Nas áreas que iam sendo ocupadas por Israel, principalmente em Gaza e na Cisjordânia, surgiram colônias judaicas protegidas por soldados israelenses. A estratégia visava consolidar o domínio sobre o território. Atualmente, mais de 170 mil judeus vivem em assentamentos nos territórios ocupados por Israel.
Quando o presidente Anuar Sadat assumiu a presidência do Egito, assumiu uma postura de distanciamento da União Soviética e de aproximação dos Estados Unidos. Daí resultaram conversações de paz entre egípcios e israelenses que resultaram num acordo formalizado em Camp David, em 1979. Assinaram o acordo, sob os olhos do presidente norte-americano Jimmy Carter, o presidente egípcio, Sadat, e o primeiro-ministro israelense, o ultra-direitista, Menahem Begin. O acordo previa que Israel devolveria o Sinai para o Egito até 1982 e que em Gaza e na Cisjordânia nasceria uma "autoridade autônoma", da qual a OLP não participaria, e que governaria essas regiões por 5 anos, até a retirada definitiva de Israel. O acordo não agradou nem aos judeus instalados nas colônias do Sinai, de Gaza e da Cisjordânia, nem muito menos aos árabes que esperavam maiores concessões por parte dos israelenses. Por isso, Sadat, considerado por muitos, traidor da causa árabe no Oriente Médio, foi assassinado em 1981.
Na década de 1980, as negociações sobre o futuro do Oriente Médio não avançaram. De um lado, os árabes iniciam a Intifada, rebelião popular em Gaza, cujo estopim foi o atropelamento e morte de quatro palestinos por um caminhão do exército israelense, em 1987. Adolescentes, munidos de paus e pedras, enfrentaram, nas ruas, os soldados de Israel e o levante se alastrou. A repressão israelense foi brutal. Desde então, os choques entre palestinos e colonos nas áreas de ocupação israelense têm sido frequentes.
Em 1992, porém, a eleição de Itzhak Rabin, membro do Partido Trabalhista, para Primeiro Ministro de Israel, favoreceu a retomada das conversações de paz entre árabes e israelenses. Simultaneamente, Arafat, enfraquecido pelas dissidências internas a OLP, já adotava uma postura menos belicista e mais conciliadora.
A disposição de ambos levou-os, em 1993, a um encontro em Oslo, onde ficou decidido que, de forma gradual, Israel devolveria a Faixa de Gaza (área pobre onde se espremem 800 mil palestinos) e de Jericó, na Jordânia, para a administração direta e autônoma dos palestinos, apesar dos cerca de 100 mil colonos judeus ali instalados permanecerem protegidos pelo exército israelense.
Ao acordo, opuseram-se as facções palestinas hostis a Arafat, alegando que as concessões de Israel eram pequenas frente aos desejos dos palestinos, e os israelenses que habitam as regiões a serem devolvidas. Em 4 de novembro de 1995, durante um comício pela paz na Praça dos Reis, em Tel Aviv, um estudante judeu de 27 anos, membro de uma organização paramilitar de extrema direita, assassinou Itzhak Rabin.
As negociações de paz não avançaram depois da eleição de Benjamin Netanyahu, do Likud, partido de direita israelense, para o cargo de primeiro ministro. Netanyahu não estava disposto a fazer concessões aos palestinos. Todavia, em 1999, realizaram-se eleições gerais em Israel e o Partido Trabalhista, representado agora por Ehud Barak, foi reconduzido ao poder, reabrindo as negociações de paz para a região. O grande obstáculo nesse momento é decidir sobre a situação de Jerusalém, cidade sagrada tanto para judeus quanto para muçulmanos.
Todavia, em setembro de 2000, um episódio marcaria o acirramento das tensões entre palestinos e israelenses, quando Ariel Sharon, líder do Partido Conservador e principal expoente do conservadorismo judeu, "visitou" a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém. O ato pareceu uma forte provocação aos árabes e deu início à "nova intifada". Ataques terroristas e confrontos diretos entre palestinos e israelenses tornaram-se cada vez mais frequentes, ameaçando perigosamente as conversações de paz.
A situação, porém, tornou-se mais violenta quando, no início de 2001, o mesmo Ariel Sharon foi eleito Primeiro Ministro de Israel, revelando o sentimento dominante entre os israelenses de não retomar as negociações para a criação do Estado Palestino enquanto durar a intifada.
Diante da violência dos atentados terroristas promovidos pelo Hamas e pelo Hezbolah, grupos extremistas árabes que pregam o extermínio dos judeus, as ações do exército israelense também têm sido cada vez mais cruéis, atingindo, inclusive, a população civil das regiões dominadas.

Faixa de Gaza:
A Faixa de Gaza é um território no Oriente Médio com baixo desenvolvimento, é um dos lugares mais conturbados do mundo por causa das presentes disputas.
O território designado como Faixa de Gaza foi dominado durante séculos pelo Império Otomano. A posse da região só mudou de dono com o término da Primeira Grande Guerra Mundial, quando os britânicos passaram a ter o controle do local. Após o término da Segunda Grande Guerra Mundial  a situação ficou mais tensa no Oriente Médio e foi criado o Estado de Israel. Os conflitos que se ligam à criação e à existência deste fizeram com que a região de Gaza recebesse milhares de refugiados palestinos que foram expulsos de Israel.
O termo “Faixa de Gaza” tem origem na Antiguidade, o nome é uma referência à principal cidade da região, Gaza. O local é situado no Oriente Médio e faz fronteiro com o Egito, ao sul, com Israel, ao norte e leste, e banhado pelo Mar Mediterrâneo. Com aproximadamente 41 Km de extensão, a Faixa de Gaza apresenta largura que varia entre os 6 e 12 Km, totalizando 360 Km². O território foi dividido em cinco partes: Rafah, Khan Yunis, Dayr AL-Balah, Cidade de Gazae Norte de Gaza. É uma região árida de clima temperado, marcada por ser plana, tendo como maior altitude 105 m.
A região apresenta precárias condições de vida, não há infra-estrutura adequada e consequentemente a economia é extremamente debilitada. Apenas 13% das terras da Faixa de Gaza são aráveis. Mesmo sem oferecer condições, a Faixa de Gaza é um dos territórios mais densamente povoados da Terra, conta com 1,4 milhões de habitantes no pequeno território referido anteriormente. Sua população é extremamente marcada pela religião islâmica, sendo mais de 99% dos habitantes fiéis muçulmanos. Entre estes se destaca ainda a soberania dos muçulmanos sunitas. O restante da população professa a fé cristã, mas não soma sequer 1% dos habitantes. A língua mais falada na Faixa de Gaza é o árabe, seguida pelo hebraico.
O território da Faixa de Gaza é extremamente conflituoso, é disputado e ocupado militarmente por outros países. Há um constante clima de tensão na região por causa de correntes conflitos. A região não é oficialmente reconhecida como parte integrante de algum país soberano, a Faixa de Gaza é toda cercada por muralhas nas divisas com Israel e com o Egito. A Autoridade Nacional Palestina, contudo, reivindica a região como território pertencente aos palestinos.
A inconsistência sobre quem é o verdadeiro dono do território da Faixa de Gaza gerou vários conflitos no local. Além disso, fazem parte do conflito as características religiosas dos habitantes do local, os quais se chocam principalmente com os israelenses. Israel, por sinal, ocupou militarmente a região entre junho de 1967 e agosto de 2005. Hoje ainda, Israel é o responsável pelo controle do espaço aéreo e do acesso marítimo à Faixa de Gaza.
No ano de 2007, em junho, um confronto armado envolvendo o Fatah e o Hamas transferiu o controle da Faixa de Gaza para o Hamas.

Jerusalém:
Os cartógrafos medievais situavam Jerusalém no centro do mundo e, para muita gente, a Cidade Velha continua a ser assim considerada. Para os Judeus, o Muro das Lamentações, parte do Segundo Templo, é o local mais sagrado de todos. Acima dele está o Domo da Rocha, o terceiro local mais importante no islamismo, de onde Maomé subiu aos céus. A poucos quarteirões dali, a Igreja do Santo Sepulcro assinala o local tradicional da crucificação, do enterro e da ressurreição de Jesus. Israel reivindica a cidade como sua capital eterna; já os palestinos a querem como capital de seu Estado.


Fontes (textos e imagens):